sábado, 16 de abril de 2011

Tem dias que a gente se sente...

Como quem partiu ou morreu.
Sem saber até onde a pena que nasce de ti é algo físico, mental ou moral.

Como encarar a tempestade em alto mar quando nunca se nadou sem as velhas bóinhas de braço?
E após aprender, quem é que quer ficar preso às bordas?

É claro, você ama as bordas, mas elas nunca serão como a pizza.
Aquela pizza que você ama, mas que não pode comer. Primeiro porque, mesmo se for o dia da semana que você pode comer carne, você prometeu pra sua mãe que não ia comer fermento por uma semana.

Pegou, levou. É, é assim que tem que ser. Ou não, o que eu vivi ontem já não é mais o hoje de hoje e provavelmente já até deixou de ser o ontem.

Se a maneira como eu me sentia não faz o menor sentido, qual a verdade em continuar sentindo tais coisas, mesmo que não se esteja fingindo o sentimento que já não se tem mais.

E dá um medo, dá aquele medo!
Mas ela é diferente de mim porque o que ela tem todo mundo tem.
Até eu, ou não, mas não é coisa de outro mundo.

O fim chega pra todos, mas a transcendência permanece. Então o fim só existe pra nos dar novos começos.

E um texto que era pra ser completamente confusão e brain storm acabou por ficar otimista.
Porque assim sou eu e isso me dá raiva.
Porque eu estou na pior tempestade de todos os tempos, mas não quero mais as bóinhas de braço, e aí eu fico engolindo água, salgada, me desidratando. só esperando o dia que eu vou aprender a nadar, pra tentar chegar até a costa e tentar conseguir um pouco de água doce.

Tá, tá, às vezes ser otimista é bom.

Mas é que tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.