terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quem procura, acha.

E me aperta a garganta a dúvida de porque que eu sempre procuro com tanto afinco quem eu menos quero encontrar.

É bom te ver, conversar com você e saber da sua vida, mas é angustiante, porque não é da sua vida que eu quero saber.

É de outra. (ou não?)

Mas eu continuo procurando várias outras...

No fim das contas eu deveria procurar é a mim mesma.

Mas eu tenho tanto medo de me achar nesse alguém que não sou eu. {E se for (e se não for?) como é que fica?}

Sei lá, procuro tanto quem eu menos quero encontrar, com medo de achar quem não estou procurando.

Sol, Raio e Lua

Começa o mês e meu amor é tão crescente, que eu realmente acho que as coisas vão vingar.
Mas aí, na semana seguinte, as coisas minguam e eu não quero mais te ver.
Na semana depois vem a angústia e a vontade de conhecer coisas e pessoas novas.
Mas a semana decisiva e a que dura mais tempo é aquela em que me dá vontade de sumir e eu fico cheia de tudo e todos.


Não dá pra parar de me perguntar: se eu gosto tanto do Sol, porque Raios tenho que ser tão de Lua?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Saudade da praia....

Era cedo, calor.
Foi pra praia.
Jogou bola, tomou Sol, encheu o rabo de areia, nadou.
Ficou todo ardendo.


Foi pra casa, tomou um banho.
Pôs uma roupa confortável e voltou pra praia.
Sentou, ouviu o barulho do mar.
Encheu a mão de areia e depois esvaziou.
Respirou fundo, foi embora.

Dia seguinte, o céu nublado.
Foi pra praia de novo e mesmo assim.
Caminhou, tirou a areia dos olhos.
Ficou até o dia virar noite.
E fez questão de assistir o processo ali mesmo.


Ficou ali horas e horas,
sentindo o vento, cheirando o sal do mar.
olhando as palmeiras, as pessoas, esse planeta em particular que é a praia.
Fingindo que estava pensando na vida.
Porque na verdade não conseguia pensar em nada,
só esvaziava o pensamento.
Mas mantinha aquela expressão de quem tem muito o que pensar da vida.


Todo aquele tempo que ficou ali,
enterrando e desenterrando os pés,
só uma coisa lhe passou pela cabeça:
Será que se morasse na praia, perto da praia...
Amaria a praia como se ama alguém?
Assim como a saudade tão verdadeira que dela sente quando está longe?