sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A pedra mais alta

Às vezes eu fico me perguntando como as coisas se sentiriam se pudessem sentir.
Por exemplo, uma caneta, sendo sempre pressionada, pra se gastar com facilidade e ser deixada de lado, penso que não seria muito bom. Ou um livro, será que ele ansearia por ser aberto e trasmitir conhecimento, ou será que ele ficaria de saco cheio, afim de ficar em paz em uma biblioteca qualquer?
Penso mais ainda sobre aquela pedra (ou seria rocha?) mais alta e mais extensa, próximo da praia. Ela fica ali, parada e firme, pronta pra receber qualquer visitante um pouco mais aventureiro com uma máquina na mão. Ser essa rocha deve ser torturante. Ela fica ali, aguentando todas as pisadas, todo o peso de todas aquelas pessoas, que vêm, fazem suas poses, tiram suas fotos e depois se vão, sem sentar na pedra, sem refletir sobre a sua importância ali, sem ter consciência do peso que ali deixaram. Me pergunto se essa pedra nunca tremeu sobre um peso maior, e aposto comigo mesma que já. Afinal, são muitos passando por ali sem parar.
E o que eu penso que é pior não é nem suportar tanto peso. É suportar e ponto, estar ali pra isso. Porque, depois que as pessoas vão lá, tiram fotos, curtem um pouco o visual, elas partem apressadamente. Elas querem ir pro mar, elas foram a praia pra ver o mar, como comparar mera pedra quando se tem o mar? Então eu acho que isso é o mais difícil... Suportar todas as coisas enquanto o mar que leva o crédito. A pedra não tem nada de seu. Talvez o mar também não, mas a gente consegue perceber a diferença não é?
E aquela pedra vai ficar ali, segura, forte, pronta pra satisfazer os desejos de quem vier a passar por ali, mas sempre vai ficar olhando o mar enquanto nao houver ninguém lá em cima. No fundo, eu acho que ela compreenderia a sua importância. Ela saberia que ela proporciona momentos únicos e que as pessoas realmente esperam que ela esteja ali, firme e imponente, para suportá-las, para alcançar uma visão linda da praia e com isso, talvez, um pouco de paz. Mas isso ainda não é o suficiente. Acho que ela continuaria ali pra sempre, mas sempre pensando em como seria se um dia simplesmente caísse e virasse um pouquinho de mar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Talvez um dia...

Talvez um dia você aprenda coisas incríveis sobre a natureza e as pessoas.
Talvez um dia você aprenda que mesmo que você tenha que querer as coisas, você não precisa se resumir à elas.
Talvez um dia você aprenda a superar o orgulho e se entregar à caridade de corpo e alma.
Talvez um dia você compreenda a força de um grande amor.
Talvez um dia você aprenda que se uma pessoa tem medo de segurar sua mão não significa que ela não quer que vocês caminhem juntos.
Talvez um dia você aprenda sobre todas as coisas e aí aprenda que saber tudo não muda nada.
Talvez você aprenda que utopia é necessária e funcional.
Talvez você aprenda a sorrir com a alma.
Talvez um dia você aprenda alguma coisa sobre o tempo.

Talvez um dia você aprenda que não se aprende só com o tempo.
Talvez você compreenda o pontencial que tem de ensinar coisas a si mesmo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Para as minhas meninas

Hoje eu senti algo mais do que vontade de ver vocês. Hoje eu senti verdadeira falta. E é incrível como é doído e profundo isso. Hoje eu vi que a palavra saudade que tanto usamos nas redes sociais estava sendo usada fora de contexto.
Aquilo não era sauadde, era vontade de reviver aquele sentimento sincero de diversão e conforto que compartilhamos quando juntas. Sentir falta, sentir saudade mesmo, é sentir essa vontade de maneira constante e, por forças adversas de obrigações mil, adiar e adiar essa vontade até não consguir enxergar oportunidade próxima de reriver essa sensação que acabei de descrever.
Algumas vezes senti um sentimento próximo a saudade, mas nunca tão forte e, de certa forma, desesperador. E ainda nessas vezes, eu convertia esses sentimento em uma raiva emburrada, pensando que a ausência era negligência de vocês, por não me procurarem. Mas agora a situação mudou tanto que não posso nem fingir que esse fato é verdade mais. Estamos tão ocupadas, tão envolvidas com projetos próprios, compromissos inadiáveis, com horários que não batem e eu já nem me lembro mais a última vez que nos encontramos daquele jeito, para falar de tudo e de nada, para ficar horas e horas compartilhando umas as outras e nutrindo nossas necessidades de uma amizade verdadeira e desinteressada. Porque eu não sei sobre vocês, mas eu já perdi as esperanças de encontrar em outras pessoas algo como o que temos. Eu tenho vários outros amigos, confidentes... Nunca conheci tanta gente quanto conheço agora e ainda sim... É algo especial, é de alma mesmo. Com vocês, eu sou quem realmente sou sem medo algum, mesmo que sejamos tão diferentes.
Hoje eu senti falta de vocês. E um pouco de medo em face do nosso desencontro atual. Nos conhecemos a tanto tempo que parece difícil acreditar que, enfim, estamos crescendo de fato. Mas isso é inegável e inevitável, e é bom! Cada qual com seu projeto, com sua escolha e com sua própria ampliação de visão do mundo. Somos agora, positivamente, um grupo ainda mais diverso, com muito mais coisas a acrescentarmos às outras. Enfim, meu medo não é que nos separemos, que paremos de nos encontrar, que nos afastemos, nada disso. E só medo de que o pouco tempo para nos encontrar nos instaure essa saudade de maneira frequente.
Me vi diversas vezes pensando em vocês essa semana, aleatoriamente em contextos específicos, tipo: "Nossa, se fulana estivesse aqui, ela me entenderia..." ou, "se cilcana estivesse comigo, estaríamos morrendo de rir com certeza." E esse conjunto de pensamentos que não param de me ocorrer me fez acordar assim hoje. Mais que nostálgica, mais do que com vontade de encontrar vocês, mais do que sentindo falta...
Estou com saudades, amigas. De verdade.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não sei, só sei que foi assim.

Hoje eu voei.
Mas como?, você deve estar se perguntando, já que eu não tenho asas.
Não sei, só sei que o vento é gelado e macio, quando eu voo devagar.
Hoje eu dormi durante 20 anos.
Mas como?, você se pergunta, se eu só tenho 18 vividos.
Não sei, só sei que acordei com vontade de tomar café.
Hoje eu conheci a Austrália.
Mas como?, você já deve até ter ficado bravo, já que eu nunca nem saí do país.
Não sei, só sei que lá é mais lindo do que a gente vê na internet.
Hoje eu cai fazendo trilha de moto.
Mas como?, se eu nem sei andar de moto.
Não sei, só sei que eu nem machuquei muito.
Hoje eu desisti de tudo e corri durante horas diretas.
Mas como?, se eu tenho bronquite.
Não, sei só sei que quando eu voltei as coisas pareciam bem mais fáceis de se lidar.
Hoje eu nadei com sereias, pinguei colírio no olho de um ciclope, tomei uma chifrada de um unicórnio e fiz amizade com um gigante que eu tinha que matar.
Mas como?, você deve querer argumentar, se esses bichos nem existem.
Não sei, mas sei que as criaturas costumam ser mais sinceras que as pessoas.
Hoje eu beijei sua boca.
Mas como?, se eu nunca te teria em meus braços?
Não sei, só sei que tinha gosto de morango.
Hoje eu vi sua alma.
Mas como?, se sem óculos eu não vejo nem seu corpo direito.
Não sei, só sei que eu te amei mais, apesar de tudo o que eu vi.
Hoje eu vi um mundo melhor.
Mas como?, se não existe um mundo melhor?
Não sei, só sei que deu pra ter esperanças e força pra não desistir.
Hoje eu vi você e tudo fez sentido.
Mas como?!
Não sei, só sei que foi assim.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sobre chinelo e sorte

Um dia, voltando de uma prova extremamente difícil, com raiva de si e do mundo, cansada e deprimida, achou um chinelo velho na rua. Inicialmente, passou direto por ele, depois parou, pensou e voltou para observar melhor.
Era um chinelo daqueles branco e azul, muito velho e muito gasto. O que mais lhe chamou a atenção foi o tamanho: 35, seu número. Os chinelos do tamanho do seu pé insistiam em ser coloridos demais, brilhantes e bonitos demais, mas aquele não. Ele era velho e feio e por isso ele era lindo. procurou pelo dono do chinelo incansavelmente e nada. Resolveu levar para si. Chegando ao ponto de ônibus, viu que o seu avia acabado de passar.
Ficou puta, quis chutar o chão e socar a parede. Lembrou do chinelo velho e decidiu calçá-lo, sem nem saber bem porquê.
Assim que o fez, como num passe de mágica seu ônibus, que só passava de quarenta em quarenta minutos, passou novamente. Entrou no ônibus e tinha ligar pra sentar. Ao descer, achou uma nota de dez reais. Foi à padaria e decidiu esbanjar, gastou dois reais só com chocolates. A moça do caixa disse que não tinha troco e que ela podia levar os chocolates como brindes. Chegando em casa, viu que o almoço era bife com batatas fritas e tinha sorvete de sobremesa.
Conferiu o gabarito da prova na internet e viu que, ao contrário do que esperava, não fora mal, tinha tirado o primeiro total da sua vida.
Decidiu que não ia tirar o chinelo nunca mais.
Ia com ele para escola, para a academia, pra aula de violão e de francês. Todo mundo a reprovava e achava que ela estava louca. Sua mãe conversou com a psicóloga da escola umas cinco vezes e nenhum conselho havia sido bom o suficiente pra convencê-la a tirar o bendito chinelo.
Chegou o dia da festa de casamento de uma prima próxima. Foi ao salão, arrumou o cabelo, fez uma maquiagem divina. Comprou um vestido lindo, que combinava perfeitamente com o chinelo.
Foi a gota d'água. Sua mãe chorou, se perguntando aonde havia errado. O pai brigou, xingou e a chamou de rebelde. O irmão disse que ela era ridícula querendo se passar por algo que não era.
"Querendo se passar por alguém que gosta de algo que trás muita sorte?" argumentou "sou assim, com certeza."
Quase desenhou gráficos na parede pra argumentar que o chinelo trazia sorte SIM e que ela não ia ao casamento se não fosse com ele.
Depois de uns trinta minutos de briga, choro e discussão, alguém da família ligou preocupadíssimo perguntando se eles estavam atrasados porque estavam envolvidos naquele acidente horroroso que havia acontecido no caminho que pegariam pra chegar à Igreja. Depois da situação devidamente explicada, perceberam que, se não fosse pela discussão, provavelmente seriam vítimas do tal acidente fatal. Todos se interiorizaram em pensamentos mil e não falaram mais nada sobre o calçado da menina.
De repente, todos acreditavam que era um chinelo da sorte.
Menos ela. Não é uma questão de sorte, mas ela sabia que sua família jamais entenderia.
O chinelo quebrava paradigmas. Todos os possíveis, e ela os quebrava com ele.
Era uma sensação de liberdade e poder que ninguém nunca iria compreender ou sentir.
É... Se bem que pensando melhor, é uma questão de sorte sim.

[vai ver o do Hélio vai?]

sábado, 2 de outubro de 2010

Você precisa saber.

Você precisa saber da piscina, da margarina, da Carolina, da gasolina...

Você precisa saber de mim.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Esse é um texto sobre geografia.

um texto sobre geografia...

Ok, vamos lá, geografia... O que eu posso dizer sobre geografia?

A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem.

É, até que pensando bem eu gosto de geografia... Mas só porque você gosta. Não, espera... Foco!

Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente

Relação recíproca... Mais fácil o homem se acertar com o meio ambiente do que você me corresponder. De que que eu tava falando mesmo?

A natureza é entendida aqui como as forças que geraram ou contribuem para moldar o espaço geográfico.


Ah, o 'espaço geográfico'! Quem me dera um dia poder penetrar... Caramba, preciso aprender a me controlar! (E preciso aprender geografia!)

Os geógrafos utilizam inúmeras técnicas, como viagens, leituras e estudo de estatísticas. Os mapas são seu instrumento e meio de expressão mais importante (Tudo que eu queria era um mapa do seu corpo!).

E o que eu tô fazendo aqui falando sobre geografia? Eu queria mesmo era estar falando sobre você. Ou falando com você? Já nem sei mais. Você é minha musa, mas minha arte podre não vai me levar a lugar nenhum. Nem a você. Então qual é o ponto?
A geografia tem um ponto. Ela não é linda, nem me leva à loucura, mas me levará à universidade (eu espero!).

Cabe ainda afirmar que a distinção entre geografia humana e geografia física se refere aos ramos da Ciência Geográfica, pois as Geograficidades não apresentam essa fragmentação, decorrente exclusivamente da construção do conhecimento sobre a realidade.

Nossa, se com geografia estou nessa fissura, imagina quando eu estiver estudando física?

De qualquer forma a ciência deve dar conta de questionar a relação dialética do homem com a natureza, é impossível analisar o "meio natural" sem entender a relação que tem com o homem e da mesma forma é impossível analisar o "meio social" sem compreender as determinações que vem da relação que tem com a natureza.

(ai, você!.....................)


[eu sei que ficou uma bosta, mas aqui tem um texto bom sobre geografia, olha lá ;)]

domingo, 12 de setembro de 2010

Móbile

De novo eu não consigo dormir.

Mas também não preciso mais arrumar mil coisas pra fazer nas madrugadas insones pra não sentir mais o peso da solidão.

Minha barriga está enorme e só agora que te considero companhia. Será que você me perdoará por isso neném?

Será que eu te conto que já não te quis, agora que te quero tanto?

Mas foi tudo por que tinha medo de passar por tudo isso sozinha... E como fui tola! Só agora sei que com você é que, pela primeira vez, não estarei sozinha. Serei sua mãe, seu pai, seus avós e o que mais você precisar de mim.

Tenho que correr atrás do prejuízo. Falta pouco mais de um mês para sua chegada e ainda não sei onde você vai ficar. Não sei nem o seu sexo pra decidir qual vai ser a cor do seu quartinho. Quartinho que eu vou me sujar toda pintando.

Mas agora eu vou fazer um ultra-som. Nem que seja o único, mas vou fazer e vou descobrir se você será anjinha ou anjinho para escolher roupinhas e as cores do quarto.

Enquanto isso vou comprar seu móbile. O meu significou tanto para mim, é a única coisa que lembro da minha infância. Ele era todo de borboletas em pano quadriculado. Era lindo, mas preto-e-branco. Será que minha mãe já sabia do meu potencial de descolorir a própria vida?

Isso não importa mais. O móbile do meu neném vai ser azul. Mesmo se for menina, ela tem que saber gostar de azul!

Afinal, azul é cor do céu.

E eu quero que ele(a) sonhe sempre. Quero que sonhe com o céu e com um mundo melhor do que esse que a sua mãe fracassada insistiu em fazê-lo(a) nascer.

(Texto escrito em parceria com o Hélio: http://elho2.wordpress.com.
Escreveremos textos com o mesmo tema sem trocar informações ou idéias e respeito e depois veremos as diferenças entre eles. Legal né?)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Balas de amora


Ele sempre me trás quilos de balas de amora.
E eu as adoro! Mastigo, chupo, me lambuzo, sujo os dedos.
Balas de amora me lembram minha infância, em que eu ia pra fazenda e ficava horas em cima do pé, chupando uma fruta atrás da outra e só descia pra andar de cavalo ou tirar leite da Keka, minha vaquinha.
E ele trás sempre tantas! Como é exagerado!
Acho que de cada vezada trás o suficiente preu chupar uma vida inteira, se eu não descontasse nas balas o estresse que ele me causa.
Mas se bem, que olhando pra esse colorido com a boca já doendo de tanto mastigar eu penso que, se a alma não for pequena, até coisas bobas como balas de amora podem adoçar o coração.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Anxieux

"Ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc."

era como se tivesse uma pedra no peito. A falta de ar era constante, mas tão diferente daqueles sintomas da bronquite que lhe incomodavam todo ano.
Não sabia se só passou a sentir isso tudo porque pensou no assunto ou se pensou no assunto porque começou a sentir tanto.

A vontade que sentia de correr era enorme, correr e não parar nunca. Mas sentia ainda mais forte a dificuldade de mover sequer um músculo.

A fome, que nada tem de fome, vinha e aumentava. Comprou um chiclete para ter o que mastigar sem ingerir 1000 Kcal por segundo

Se sentia inútil, mas não conseguia focar a atenção para fazer nada.

pensava em pedir ajuda de um por um, mas sabia que ninguém teria a resposta que ela queria.
Sabia que nem ela tinha.

Se machucava sem querer. Roía as unhas até ver o sangue brotar daí sentia raiva, muita raiva de si mesma.

O frio na barriga sempre constante prejudicava a capacidade de engolir. Não lembrava de ter tanta saliva assim desde...

Se coçava toda, com a unha que não tinha.

Precisava de ajuda mas não ia pedir.

Não importa o quanto você coma as suas unhas, elas vão continuar crescendo...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

FumaUmtomAumChá

Credo,que coisa ruim.mas ruim, ruim mesmo, ainda bem que tem esse suquinho de laranja pra descer melhor.MAsperaÊ!cabou o suquinho? mas não cabou esse trem horrivel ainda. Nú, tô enjoada, muito enjoada.E caramba, ques dores, não devia ter me esforçado tanto no futebol.GENTEEE, que frio.alguém me arruma uma blusa? ah, assim tá bem melhor...tá nada, esse enjoô que não passa,mas tudobem, eu vou surportar,pra ficar legal, vai ficar legal, ai que dores!
Quer saber, não vou suportar, preciso deitar, não vou ficar grávida nunca,faça a ligação agora, não quero sentir esse enjoô mais.
Me deixa aqui quietinha, não vou mover um músculo se não vou vomitar. Vovô? Ué, vovô, voce não tinha morrido? (ai que enjoô!) Vovô, que saudade! uai, meu avô virou o Santos Dummont, porque será?mas pensando bem até que eles se parecem! Esse enjoô não vai passar nunca?caramba, que balhureira!parém de falar tão alto! vou vomitar, sério que vou!desliga essa tv!parem de rir! um é o the flash, a outra é o totem e eu não quero saber, só quero qe esse enjoô passe!comoassimir em bora? eu não consigo nem mexer, como vc quer que eu vá embora?tô parecendo uma louca de hospício, mas não tô nem aí hahahahhaha, podia ser mais engraçado se eu não quisese vomitar.
Ei, como é que eu vim parar aqui? vamos ter que ficar sozinhos? tá bom, vou tentar dormir.mas não vou conseguir, ai meu deus. isso não vai passar? eu quero que passe, eu tô triste, e tô com meedo, meu pai me ajuda, tá tão difíicil pra engolir, eu acho que vou esquecer de respirar e vou morrer.mas eu estudei na aula de biologia que não tem como esquecer que tem um cérebro que respira pela gente, mas pq q toda hora eu quase esqueço?meudeusmeajudaanãoesquecerderespirar. eu sei que isso é viagem errada, mas se a gente morrer ningupem vai saber, ninguém vai vir aquipra ajudar,eu sei que eu não sou essa,que eu tô presa aqui em algum lugar, mais não consigo me achar, não consigo rezar, nem rezar nem engolir, quem sabe o pai nosso? o pai nosso eu sei, painossoqueestaisnoceusantificadosejaovossonome,venhanosaovossoreinosejafeitaavossavontadeassimnaterracomonoceuopaonossodecadadianosdaihojeperdoaiasnossasofensasassimcomonosperdoamosaquemnostemofendidonãonosdeixeicairemtentaçãomaslivrai-nosdomalamém.
Ufa,me sinto um pouco melhor,mas ainda não passou, me ajuda?vamos cantar entaão. venha me beijar (HHAHAHAHA) meu doce (HAHAHAHAH) vampiro! uououUUUUU (AHAHAHAHA)
vou tomar um banho pra ver se eu melhoro.Huummmque agua gostosa, tô me sentino melhor, mas acho que vou vomitar.mas agora que vomitei o enjoo melhorou 100%. e agora tô com fome, quanto tempo faz que eu não como?Huum, pão quente na chapa,era tudo que eu queria HAHAHAHHAHA, não consigo parar de rir.queromaispão!tá tão gostoso! não sinto nada!HAHAHHAHAH! não sinto mais as dores de mais cedo, posso até me morder que eu não sinto, mas é melhor eu não fazer isso pra não me machucar sem ver HAHAHAHHAHA caramba, não consigo mais lembrar como é a sensação de ficar triste, eu tava tão triste ontem! mas não consigo AHHAHAHHAHAHAHA eu tou feliz, de tanto vcê rir comigo. Não consigo ficar normal,sério, por mais que eu me esforce. EU deveria me preocupar? acho que eu vou dormir, porque tá engraçado, mas eu cansei, quero que isso passe!será que eu vou conseguir dormir? e se eu começar a ficar com medo de novo, eu acho qeu não vou conseg...............................................ZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzz

terça-feira, 13 de julho de 2010

Religião da Diversão

Todo mundo gosta de se divertir, é claro. Mas existem algumas pessoas que sentem a necessidade de se divertir e ostentar essa diversão.
É algo que parece normal, mas que na verdade acaba se tornando algo um pouco radical. Se se observar bem, ao analisar esse 'tipo' de pessoas, se nota uma espécia de padrão, em que parece até mesmo que existem regras a seguir por quem é, ou quer ser assim. Quando eu penso sobre isso, acho passível de correlacionar esse padrão, ou essas pseudo-regras como uma verdadeira religião a ser seguida: a religião da diversão.

Alguns preceitos para fazer parte dessa religião:
- Saia sempre. Se todos os dias não forem possíveis, saia todos as sextas, sábados e domingos, mesmo que você não queira. É a primeira e mais fundamental regra. Ficar em casa num fim-de-semana é um pecado profano.

- Tenha um twitter. Ok, essa não é bem regra, mas possuir um te fará ser muito bem visto pela comunidade religiosa. Poste a todo segundo o que você está fazendo e FAÇA com que pareça divertido. Caso isso não seja possível, (como estar cuidando da vovó doente, por exemplo) mostre sua indignação e faça promessas do quanto você irá se divertir quando aquela função acabar.

- Beba. Muito. Quem não faz uso do alcool está automaticamente excluído das seitas sagradas.

- Durma tarde. Mesmo que não tenha nada para fazer, a última aparição sua na internet deve ser de depois da meia-noite.

- Quem não segue essa religião é careta, que é ser pior que ser herege. Despreze-o.

- A diversão aqui citada não pode ser de qualquer tipo. Isso é uma religião e é para ser levada a sério. Brincar com seu primo mais novo, NÃO É DIVERTIDO, mesmo que você ria bastante enquanto isso. É permitido: ir a bares, boates, ou qualquer outro lugar que tenha música e bebida.

- Não é necessário usar drogas (claro que não incluímos o alcool aqui), mas aja completamente normal perto de quem usa e possua uma desculpa muito boa pra não utilizar quando alguém te oferecer.

- Mate aula.

- Não é exigido que se seja ateu, mas falar de Deus é proibido. Paz e amor podem ser pregados, desde que regada por Cannabis Sativa. Se for regada por qualquer tipo de religião, esteja preparado por ser visto com maus olhos.

- Não namore. No exato momento em que você se tornar comprometido estará expulso.

- Ser o desprezado da família é importante, portanto se sua mãe te trata como o filho preferido, não deixe que ninguém descubra.

- Fumar já foi exigido, agora é opcional. Mas se você já sabe como fumar, isso pode facilitar sua entrada na religião.

- Trabalhar é um saco e você odeia. Seja lá qual for o seu serviço.

- A homossexualidade é um ponto polêmico, mas geralmente bem visto. O negócio é pegar qualquer um, sem discernimento prévio.

- A religião lhe exigirá muito tempo, logo você não terá tempo pra pensar sobre as coisas. Garanta que você tem seus conceitos bem formados e que ninguém poderá alterá-los.

- Se você gosta de crianças ou animais finja que não. Ninguém gosta de um divertido mimimi.

- As pessoas devem pensar que cada dia seu foi o mais divertido da sua vida. Logo você tem a obrigação de fazer bonito aquele mero jogo de tabuleiro (vide tópico twitter)

- Ria mais do que o suficiente e fale alto.

- Qualquer um que não for da sua tribo deve ser odiado: quem possui outra religião, quem nao gosta do seu estilo de música, quem se veste diferente, quem não bebe. Mas lembre que, no fim das contas o desprezado é você, logo faça parecer com que essas pessoas te odiaram primeiro.

- Lembre-se que essa religião não é assumida (já que não ser de religião nenhuma é algo exigido), logo finja que você é assim desde que nasceu e que todas essas características são intrinsecas.

É possível que um ser siga essas regras e nem perceba que já é um alienado, que está acorrentado a essa religião ortodoxa por isso, não o culpe nem o julgue demais. Só saiba classificá-lo para que, se não for um deles, consiga aguentar seus olhares de desprezo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Quero ser um livro aberto atemporal (Para mim não basta ser um bom ouvinte)

(por FiL Pedroso)

Me sinto hoje com muita dificuldade em me comunicar. Não essa comunicação básica que temos no dia-a-dia, mas uma comunicação muito maior, onde todos os sentimentos, sensações e impressões pudessem ser sentidos pelos comunicadores. Sinto que é extremamente superficial a mais longa e acalorada palestra entre duas consciências. Os exemplos são fracos e não mostram exatamente o que o outro pensa. E nunca vão mostrar. Pelo menos não nesse plano. Assim como todos que lerem esse texto, não saberão exatamente o que eu estou sentindo ao escrevê-lo.


Queria que nossas energias fossem mais facilmente transmitidas. Que fosse mais fácil que o pensamento, completo, fluísse de uma mente para outra. Nós temos nossa vida e nossas experiências e damos muita importância a elas, mas esquecemos que todos os outros também têm experiências com semelhante nível de importância. Se pudéssemos somar essas experiências às nossas, a cada soma teríamos quase o dobro do que temos hoje!


Por isso digo que já não quero mais só ser um bom ouvinte. Minha vontade então, é que pudéssemos nos comunicar com tal nível de profundidade de que já falei. Como se fossemos livros abertos, que não dependem do tempo para serem lidos.


Fui claro? Claro que não!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

No way

Sai hoje pra andar sem destino. De novo, mas não o suficiente. Nunca.
Observei o caminho que faço todos os dias sem observar. Vi uma árvore linda e escrevi 'Let it be' num cimento fresco. Sentei num lugar que costumava passar várias horas da minha vida e que há muito nem passo por lá. Desci correndo um ribanceirinha que sempre descia brincando de polícia e ladrão. Chorei.
Eu deveria ter pensado em todas as coisas, mas fiquei pensando em nada.
Aquele nada que no momento da sua vida em que quanto mais tudo está em cima de você, mais faz sentido.
Lembrei de quando eu mudei de casa, de escola. Lembrei o quanto que eu mudei, e tentei descobrir o porquê. Não consegui descobrir nem isso, nem se gosto mais do velho ou do novo eu.
Me senti nostálgica. Aquela versão ruim e triste.
Me lembrei de tudo que já me fez feliz e das coisas que me faziam tristes. Não vou me dar ao luxo de dizer que eram coisas bobas, fáceis de se lidar. Na época era tudo tão real... Mas eu posso dizer que meus problemas eram quase que gostosos de viver, eram intensos por que eu gostava que fosse assim.
Pensei em tudo que eu vivo, e no tanto que eu queria menos.
Queria me preocupar menos com tudo e todos no mundo. Me preocupar menos com que os outros pensam de mim. Queria menos verdades, sofrer menos com a incerteza monetária do fim do mês. Queria menos fim de semestre!
Queria ter que provar menos. Não queria ser egoísta, queria uma felicidade assim. Queria depender mais só de mim pra ser feliz...
Gargalhar até a barriga doer, já não lembro mais quando foi a última vez que fiz. Sem envolver alcool então...
Queria menos medo. Muito menos.
Queria menos cimento, menos cinza.
Queria mais cores, mais flores, mais luzes. Queria matos que não pinicassem.
Quero mais natureza, queria meu refúgio.
Queria não ter que escolher entre um sonho e outro. Queria que o ensino fosse só pelo prazer de se aprender/ensinar. Que ele não valesse nem dinheiros nem pontos.
Queria mais livros, que eu pudesse escolher o que ler e quando ler.
Queria mais fogão a lenha.
Queria mais música e cinema. E que eu não tivesse que sustentar argumentos para aquilo que eu gosto ou deixo de gostar.
Queria que as pessoas se amassem mais e escolhessem menos.
Queria não ter que escolher... Queria não me enganar com fantasias irreais.
Queria ter realizado todos os meus sonhos bestas já sonhados.
Queria meus velhos diários de volta, quero meus velhos amigos de volta.
Quero novos amigos, o que aconteceu com minha capacidade de fazer amigos?
Quero mais Brasil, quero mais Paris.
Nem que sejam dentro de mim.
Quero novas pessoas, novos problemas, novas probabilidades incertas.
Quero férias.
De mim mesma.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uva

- Há males que vem para o bem.
- Como assim?
- Meu último problema, passou.
- Que bom.
- É, passou porque o mais novo o fez parecer ridículo.
- Eu tenho certeza que esse vai passar também.
- Tomara, obrigada.
- E o outro também.
- Que outro?
- O que vai vir depois desse.

Tudo passa.
----------------------------------
CONFIE SEMPRE
"Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera Com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia."
(Chico Xavier)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Tic-Tac segundo(s)

O tempo é pouco, o tempo é louco
O tempo é único
O um que não é nenhum, que
não é ninguém.

O tempo queria tanto ser alguém
Por isso que ele nos castiga:
Porque nós somos.
Ou fomos, ou seremos.

O tempo nos ilude, nos engana;
Nos mata na cama
Enquanto o matamos
Nesse velho ato de sonhar

Ele nos contradiz, não pode nos ver feliz
que se embala no seu passe
e até repasse
Se o ser for aprendiz.

Mas se a situação não é igual
e eu nem quero contar;
Se a gente tá mal,
Ele fica fingindo que esqueceu de passar.

O tempo não é relativo
É imperativo, impetuoso.
O tempo é nervoso.
É imedível e imprevisível
é a priori.

O tempo até parece um cara que sabe o que quer
Mas que esqueceu de cntar até para si
o que é que é.

O tempo é maluco,
o tempo é insano.
Insiste em contar em segundos
Aquilo que vivemos em anos.

Quando criança eu queria brincar com o tempo,
e ele até que brincava comigo.
Mas hoje eu vejo que até nessa época ele era meu inimigo;

Se não o fosse, porque passaria
assim, rápido demais?
Mas calma tempo, vamos ficar em paz.
Eu sei que você é especial.
Apesar de me fazer viver essa loucura temporal...

Aprendi, tempo, que você tem seu próprio tempo;
e se insistir não adianta;
o melhor é esperar.
Pra conseguir sobreviver nessa luta
E nesse
eterno
perene
finito
E insondável
Não-estar
Bem-estar
Mal-estar
Bem-ficar.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Arco-iris em frangalhos

- Ei, Stuart!
- Ei, Paul. É Paul mesmo não é?
- Sim. Qual é o nome do livro que você citou na aula esses dias mesmo?
- A Ira dos Anjos. É realmente bom.
- Ok, obrigado.
- Achei que ninguém tinha prestado atenção no que eu disse...
- Eu sempre presto atenção no que você diz. Até demais! Mas agora isso vai mudar, isso tem que mudar. Tchau.
- Ei, espera. Do que você está falando?
- Estou falando que te amo. E que cansei de viver essa mentira. Cansei de escolher as melhores roupas pra vir nas aulas em que você está e você nem saber meu nome direito. Peço desculpas por chegar assim e te falar essas coisas do nada, mas já tentei te esquecer antes e assim, como simples decisão já vi que não dá. Eu tinha que te falar isso ou ia pirar nessa história de te querer calado.
- Mas como assim?! Eu nem sabia da sua opção sexual.
- Pois agora sabe, e não faz a menor diferença. Eu também não sabia até te ver, ouvir você falando e te imaginar a cada segundo proibido. Vou atrás de quem me queira. E vou aprender a querer essa pessoa também, pra conseguir assassinar cada suspiro doloroso que você me causa.
- Caramba, mas isso nunca aconteceu comigo, nem sei o que dizer. Porque você não se declarou antes de simplesmente desisitir?
- Eu teria alguma chance?
Ele simplesmente abaixou a cabeça envergonhado. Não era preciso dizer mais nada.
- Pois então. Não se preocupe em dizer nada, não te culpo nem um pouco. Eu sei o quanto você é lindo e interessante e parece saber de tudo, enquanto eu sou só mais um. E não vou ficar aqui me lamentando com essa historinha de que você é o máximo e eu não. A gente nunca daria certo. E é melhor que não precisemos nem tentar pra ter certeza, pra podermos conviver com a ilusão do 'quem sabe'. Vou me virar agora, pronto pra te esquecer. Vou achar alguém, vou parar de olhar seu orkut e obrigar meus lábios a não sorrirem quando imaginar você. Anda vou olhar pra você durante a aula inteira, mas como você agora sabe, quando você retornar o olhar eu desviarei. E assim será mais fácil. O amor eu acho que nunca terá fim. Mas essa fissura tem que passar. Adeus!
Respirou fundo. Mais fundo que seu pulmão aguentava, o que o fez tossir e aumentou a quantidade de lágrimas nos seus olhos. Virou-se e quis correr, mas se arrastou até a escada.
O outro permaneceu ali abobalhado. O que acontecera seria ridículo se não fosse tão sério. Nunca tivera uma experiência tão intensa e verdadeira na vida. E isso mudava tudo.
Mesmo que não mudasse nada.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rótulos

Não me rotule. Eu não sou igual a ninguém.
Muito menos igual àqueles que insistem em querer ser diferentes. Até mesmo, sei lá porque o fazem... Se tem uma coisa em que todos somos iguais é no fato de sermos diferentes.
Apesar de que sempre existem uns que tentam se parecer o máximo possível.
Eu não sou assim.
Eu não sigo modas. Muito menos sou anti-modas!
Não creio no oito nem no oitenta e não sou relativista.
Não sou do pop. Mas gosto dos Beatles e todo mundo gosta dos Beatles.
Não, não sou igual a ninguém. Mas me assemelho a tantos que quase posso dizer todos.
Tenhos medos e amores... Tenho dúvidas, as mais clichês possíveis.
Tenho responsabilidades. Que partem só de mim.
Vão desde as mais comuns até as mais inusitdadas.
Alguns as tem, outros as tem de outras maneiras;
Mas o conjunto, o meu conjunto é meu. E só.
Não sou perfeita. Eu rotulo.
Mas não faça como eu. Apesar de humanos que erram, não somos iguais.
Não me rotule.
Não se reprima.

Se eu fosse me incluir em algum grupo, não me incluiria em nenhum. Prefiro ser nada.
Mas não pense que não sou nada!
Não há maior rotulação que essa.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bastoso

E, após toda essa crise, vem aquela paz.
Minha alma é como um lago inviolável: às vezes eu cismo de tacar pedras ali sem parar, mas apesar das constantes oscilações, a hora em que a sessão acaba, as ondas se findam e tudo fica em paz.
E não é mais aquela paz sufocante, aquela necessidade de ser livre;
Pra quê enganar-se? Ninguém é livre!
Então, nada melhor que olhar pra trás e admirar, concluir que me prendi as melhores coisas que pude até então.
às vezes as pessoas me fazem sentir como uma estranha por ser diferente, mas nesses momentos de plenitude eu percebo que essa vida minha, fui eu quem construiu. São as minhas escolhas, as minhas verdades, a minha história.
E não há nada que pague tudo isso que eu conquistei com ele ao conquistá-lo.
Tenho tanto ainda pela frente e quero me prender mais! quero viver mais momentos Mágicos, sem ter que me matar de beber, ou dançar, ou rir, ou fazer loucuras insanas o tempo todo para isso.
E fica assim por fim, essa segurança de que não importa o que aconteça, tudo bastará.
E ainda aquela incerteza quase certa de que as coisas tomarão um caminho além disso.
Bem além.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Microconto de verdade (finalmente!)

Ia comprar, mas guardou. Dias depois o mercado entrou em crise.

Tic-Tac

Incrível como o tempo se arrasta quando você está longe!

domingo, 2 de maio de 2010

Tommy

é esse velho sentimento de nada sentir,
somente esse vazio amplo e desesperador.

Essa plenitude em que nada me abala, me dá vontade de gritar para tentar tremular alguma coisa o meu redor.
essa sensação de que por mais que discuta e reflita não falo, não vejo e não escuto.

Estou atrelada/atolada a tudo que me faz feliz. Estou estável.

Não que eu queira mais, eu quero menos.

Euquerianãoquerer.

See me, touch mee, Feel me, heal me.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Poeira estrelar

às vezes me sinto nada.
ou me considero pó.
ás vezes não suporto ou outros. Por muitas me sinto só.

sou nada, empoeirada.
Preciso perder tudo para ser pó.

Poeira estrelar

para saber voar, me esvair
para fazer cabeça
Fazer com que aconteça,
saber sumir

Eu quero ser tanto,
mas gosto de ser tão pouco.
Aquilo que incomoda dentro de um grito rouco.
- que exige explicação
(ou roga de volta um coração)

Não quero ser isso, aquilo.
nem ser a mesma
Não posso ser medida em quilo, ou em capital.

Não sei ser nem planta medicinal.
Não sou Chico,
nem quero tentar.
Se já sei que não vou conseguir.
Só queria não ser presa a tanto, a tudo.
Ter meu mundo,
pra dele me extinguir
Assim que me cansar. Virar

Poeira estrelar

e
SumirSumirSumirSumirSumirSumir

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Prostitutas de olhos arregalados

Chegou, com todos seus brilhos e pinduricalhos, fez bastante barulho para mostrar as pulseiras, parou em lugar em que a roupa verde limão pudesse cintilar e disse:

- Sou Dona Matilda, a nova dona dessa pocilga e tenho alguns cortes a fazer!

domingo, 25 de abril de 2010

Microconto fail

Mesmo sabendo que ela, amordaçada, não poderia responder, perguntou:
-Foi bom pra você?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Até porque nem sempre

Já diria Marx: nada, absolutamente nada, é natural.

Conto de uma natureza confusa.

Acordei diferente hoje. Ou ontem, ou semana passada. Talvez eu acorde diferente todos os dias.
Ou não.
Talvez esteja muito cansada de acordar sempre igual.
E acordar diferente podia ter sido radiante, mas foi aterrorizante.
Eu olhei para o céu e esperei que ele me julgasse. Esperei que ele adorasse a idéia e me quisesse antes da minha hora.
Mas o céu é puro. Em toda sua imensidão, em suas pálidas nuvens, quis dizer que me compreendeu.
Então eu observei outras naturezas. Olhei a árvore, cherei as flores, toquei a terra.
Me aproximei dos insetos e tive medo de novo. Mas conversei com uma pedra e ela me disse que estava tudo bem. Me ensinou ainda a olhar de uma nova maneira.
Olhei para cima de novo. E vi uma estrela.
Tão linda, tão reluzente! e ao mesmo tempo tão distante.
Um certo dia suspirei.
E meu próprio sussurro me acordou, pisquei assustada.
Estivera me iludindo com tal beleza.
Meu céu ficou ali, esperando que eu abrisse os olhos, triste com minha busca pela estrela imaginária.
A noite, ele me mostrou que não preciso ficar buscando loucamente fugas para a realidade.
Oh, aquela estrela era realmente bela e eu ainda a vejo, às vezes, ao piscar os olhos.

Mas, sob qualquer dúvida é só olhar de volta para o meu céu durante a noite.

Ele me deu (e ainda dá) constelações!

terça-feira, 16 de março de 2010

Temendo enlouquecer (ou me curar)

Meu curso é maravilhoso. Indiscutivelmente incrível e encantador. Mas não é exato;
Não no sentido de exatas, humanas ou biológicas. Ele é insólido, incerto. Principalmente sociologia, que ironicamente (ou super lógico) é a mátéria que mais tem me agradado.
São tantas teorias para tentar entender e justificar o comportamento humano, sua consequência mais visível, a sociedade, e cada uma parece estar mais certa do que a outra. Mediante tal fato, nada me parece mais lógico acreditar que todas as teorias fazem sentido é por que, na verdade, o homem, ou a sociedade por ele construida não faz sentido algum.
Dentro da sala de aula, completamente absorvida com as informações que me chegam, viajo a um mundo paralelo para melhor compreensão daquilo tudo. E quando, por fim, a aula termina e sou obrigada a retornar a essa realidade, completamente insana que construimos, nada mais parece ter sentido.
Como conseguir compreender o mundo atual, a cultura ocidental estabelecida, depois de passar 4 horas ouvindo sobre como os índios caçam, plantam e coletam para sua subsitência? A sociedade tribal faz o maior e mais completo sentido e o caminho percorrido daí para chegar aonde estamos, por mais que seja para nós passado como algo plausível, simplesmente não é.
O caminho da casa pro trabalho é repleto de elementos discutíveis que escapam da nossa plena compreensão - isso sem discutir o mérito do trabalho em si - e ficamos, como loucos tentando justificar esses elementos, ou ignorá-los, afim de garantir a manutenção do sistema em que nos encontramos.
Nós nascemos em um sistema pronto e mesmo que por um milagre de Cristo - sem render aqui a longa e louca discussão teológica - consigamos transformar esse sistema, ele não será por nós usufruido.
A maioria das pessoas não tem nem a menor consciência desse sistema em que estão incluídas e como ele influencia na vida delas - muito mais do que elas assumem ou gostariam.
E isso tudo é muito elástico, é muito amplo e foge da nossa mão. Sinto que cada vez mais ampliamos o mercado de coisas que criamos que foge da nossa capacidade de compreensão e pior (ou melhor, já não sei) da nossa capacidade administrativa.
Por que lutar por um grupo de pessoas que não querem ser ajudadas? Por que se desgastar até morrer em uma causa que não tem mais salvação (ou se quer sentido)?
Preciso me manter firme nas minha concepções utópicas adolescentes, para não esquecer o motivo real de ter escolhido ciências sociais e não ir para o caminho contrário que sinto estar sendo levada: um caminho egoísta em que meu maior desejo é largar tudo e viver numa sociedade alternativa.
Eu sei que quanto mais eu escrevo aqui, mais meu texto fica sem sentido, mas quanto mais eu estudo mais vejo o quanto a sociedade é louca e o quanto somos loucos de permanecermos nesse manicômio da vida real.
Já não sei se estou ficando incuravelmente insana, ou se estou enfim me curando ao analisar essa vida (de trabalhos árduos em troca e papeisinhos coloridos) e perceber que nada disso tem a menor lógica.
Só sei que apesar de todo esse Brain Storm, e que apesar de todas as indicações de que vou enlouquecer (ou me curar) até tudo terminar, eu estou amando meu curso.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Isolamento psíquico X massificação do consumo

"Os seres humanos estão vivendo em ilhas em áreas que deveriam ser continentes, e em continentes em áreas que deveriam ser ilhas. Ou seja, deveriam ter participação mútua em áreas como diálogo, troca de experiências, superação de frustrações,e ser ilhas em áreas como o paladar, o estilo de vida, artes, cultura. Mas a comunicação televisiva, o fast food, a indústria da moda, têm massificado nosso gostos e estilos. Perdemos a individualidade e cristalizamos o individualismo."

(O Vendedor de Sonhos - Augusto Cury)

Esse livro fala ao meu coração. Espero que a mensagem dele permaneça.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma vez alguém me disse...

Algo sobre ser o melhor fevereiro da minha vida.

Ok, eu sei que ainda não é fevereiro, mas sensação que nem essa, quase não há!

Pra mim, a sensação é MUITO maior do que a recompensa pelo enorme esforço feito.
É inexplicável alcançar algo como o grande sonho da sua vida.

É além da felicidade, é como Deus sussurrando em seu ouvido que sonhar é uma delícia!
Não somente por aquelas bobagens que garotas pré-adolescentes rabiscam em suas agendas com canetas de mil cores, como: Sonhe sempre, pois um homem sem sonhos é _ _ _ _ _ (e a frase varia, sendo complementada por diversos adjetivos profundos e tristes.)

Que nada, isso é para os fracos!

Sonhe sempre, porque a realização dos sonhos te trás uma sensação sem nome, que se parece muito com "tudo valeu a pena".

Ano passado pareceu ter nada de meu. Mas esse ano já começou todinho pra mim!

domingo, 3 de janeiro de 2010

sábado, 2 de janeiro de 2010

Philo Sofia

"Em última estância, de duas uma, ou outra: ou uma não é a outra, ou a outra não é uma."


¬¬