segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Tipo eu.

Se existem vários tipos de mulheres,
eu gosto daquelas que não encaixam em nenhum tipo.
Que não gostam de fazer tipinho.

Eu gosto daquele tipo que dá no primeiro encontro,
e no último.
E, tipo...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Desculpem o desabafo, mas meu gato morreu.

E, eis me aqui diante de um espaço branco, cheio de potencial, me desafiando cruelmente, porque eu sei que não vou conseguir preenche-lo.
Eu não digito tão rápido, eu nem tenho tantas palavras pra expressar o que eu tô sentindo.
Pra ser mais do que sincera, eu nem sei bem o que eu tô sentindo.
Mas eu sei que eu tô sentindo.
E tô sentindo muito.
Doendo, martelando.
Meu coração, tá levando a sério demais a história de bater, ele tá me espancando. De dentro pra fora.
E eu não sei porquê.
aaah, mas que mentira. Eu sei exatamente o porque. Eu sempre soube.
mas as pessoas não sabem. E se eu contar, ninguém acredita.
Eu tô indignada. Eu tô revoltada. Eu tô presa na situação de não poder fazer nada.
Por tudo, por tanta coisa.
Machismo, violência, racismo.
Nossos jovens, o 'futuro do Brasil', tá sendo morto, de várias maneiras porque tem gente que prefere que eles fiquem no passado.
A não ser que sejam nossos meninos brancos, cheios de potencial pra comprar um carro de luxo pra ficar preso no trânsito antes de chegar na empresa em que é bem sucedido. O ar condicionado, condiciona. E aí, tudo fica melhor.
Mas às vezes acho que ninguém pararia a rotina louca do dia-a-dia pra me dar  um colo preu chorar por todas essas coisas que são tão erradas.
Isso é o que parece o mais errado de tudo.
E, como as lágrimas não param de brotar, eu fico tentando rondar todos os meus motivos, pra ver se eu encontro algum justo o suficiente, pra fazer valer a minha depressão. A relação com meus pais não anda tão mal assim, pra justificar um ponto que eu chamaria pré-desespero.
Eu não tenho coragem de inventar um amor mal correspondido.
E não posso por a culpa em nenhum amigo, falando que a gente brigou.
Meus avós morreram há tempo demais preu estar chorando de saudades.
E eu aqui, querendo só uma legitimidade pra chorar.
Chorar de soluçar.
então, que me desculpem os amantes de animais, mais eu decidi matar o meu gato.
E toda vez que vocês me virem chorando eu vou falar que foi isso, que meu gato morreu. Eu sei que, me conhecendo bem como vocês me conhecem, vão dizer:
"Mas Fernanda, você não tem gato."
E eu só vou conseguir responder...
"Nem nunca vou ter. Dói demais quando eles morrem."