quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Reparando

Se você reparar bem, eu sou mulher.
Mas também sou ser humano,
é parceiro, eu sangro.
E não tem essa de talvez,
eu sangro é todo mês.
Como eu tava dizendo pra vocês:

sou mulher.


Sou esse ser que controla a libido.
Esse mesmo do pêlo proibido
e pelo dito, não dito,
assumo, às vezes me inclino
mas não duvido,
e digo de pé:
meu segredo amigo,

é que eu sou mulher.


Sou mulher de família,
mãe, avó e filha,
mas sou mulher de guerrilha,
da luta de todo dia,
pelo direito de não lavar vasilha,
pelo direito de virar poesia.
Mas do jeito que eu quiser,
da poesia que eu fizer,
daquela que diga: hei, sou mulher!
Mas também sou gente.
Pra além do corpo eu também tenho mente
e é mente pensante,
sou mulher militante,
de combate constante,

e vem você, querendo me por no tanque?

Então me põe no tanque de guerra.

Sou bela, sou fera.
Eu sou de luta,
uso roupa curta.
Nem santa, nem puta,
eu sou o que vier.
É, eu sou mulher.

E faço do meu jeito.
Olha no meu olho,
dá descanso pro meu peito.
Deixa que nele eu bato
pra dizer:
sou ser humano nato!
Eu peido, eu trepo e eu cago,
mas não vago.
É que eu morro de medo,
de alguém achar que pode fazer comigo o que quiser,
se descobrir meu segredo,
e reparar que eu sou mulher.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Qualquer maneira de amor vale a pena

E me dói o coração o meu medo de te dizer o fatídico "eu te amo".
E o engraçado é que nem é o medo clássico de amar alguém.
é porque eu amo (você) demais.
Mas tenho medo que esse, em específico soe como se valesse mais do que os outros "eu te amo"(s) que eu espalho por aí;