segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sou depois que a história termina

Sou eu.
O fim.
Por que eu sempre me perguntei:
E depois de "Felizes para sempre?"
Não é possível que venha o mais felizes para sempre...
Então o que vem?
Eu.

Me vem...
Depois de tudo.
Não sei mais quem ou o que sou eu.
Só sei que não sou aquilo que significou a história toda.
não sei nem mesmo se é de fato fim.
Mas sou eu.
Num momento assim:
Sou depois que a história termina.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Alice in Neverland

Ah, não, eu não escrevi errado.
As coisas que estão errado.
Alice foi parar na terra mágica errada.
E não, não é uma mistura de sonhos e magias e belezas.
É um pesadelo.
Ó, bem-vindo ao pesadelo da Alice.
Ou ao pesadelo da Terra do Nunca.
Porque os dois são um. Que deveria ser dois que nada tem de igual.
Mas são um.

Alice aprendeu a voar. E o coelho também.
Mas não, o coelho não deve voar. Ele deve estar atrasado, sempre atrasado.
O gato da Alice me dá medo. E tem 4 garras no lugar das patas.
Isso faz dele um vilão.
E aí meu medo por ele some.
Mas como pode?
Ou como não pode?
Em dois contos de pura fantasia, como pode estar tudo fora do lugar?
Aé, está tudo fora do lugar.

E os personagens das histórias se misturam tentando mostrar onde é o lugar de cada coisa.
Mas a Alice só sabe que nada daquilo faz sentido, porque a única coisa que faria sentido era tudo estar fora do lugar ["Mas fora do lugar em sua respectiva história, Alice." Diz Sininho]

E ela põe as mãos na cabeça e solta um grito rouco e doído e desesperado:
- AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


A Alice não consegue sonhar, não consegue chegar ao chapeleiro maluco porque ela está perdida. E se fosse o país das Maravilhas ela não estaria perdida.
Mas isso aqui não é o País das Maravilhas.
Isso é a Terra do Nunca.

sábado, 14 de maio de 2011

Jorge

O nome dele é Jorge. Ele é um cara incrível. Tem a ótima/péssima mania de andar. Cruza a cidade de cima abaixo a pé e por vezes viaja entre cidades só assim, andando.
E ninguém consegue entender, como alguém em tempos como o nosso consegue gastar tanto tempo assim andando. São inúmeras obrigações e diversões que ele perde em trânsito.
Mas ele não esconde o segredo dele. Se alguém pergunta porque bulhufas ele gosta tanto de andar ele responde que é mais do que um simples passatempo. É uma filosofia de vida.
"Filosofia de vida? Pfff" dizem os seus e não continuam o assunto.
Se perguntassem que filosofia de vida é essa ele responderia que o segredo está todo no caminho.

"Determinar um objetivo na vida é mais que importante, é fundamental. Mas não é tudo. A maior parte da vida não estamos estabelecendo ou realizando planos, estamos no processo, no meio. Estamos no caminho, entre um sonho e outro. Sendo assim, se considerarmos esse processo apenas uma perda de tempo necessária em função de um objetivo maior perdemos grande parte do que a vida tem pra ensinar. A felicidade enquanto sentimento absoluto não é alcançável, mas ela está presente em pequenos momentos, no dia-a-dia, no trânsito. Só assim podemos ser felizes: observando e aproveitando os pequenos momentos da vida.
É claro que alcançar um objetivo (ou chegar em algum lugar) é ótimo, é o melhor dos sentimentos, mas não dura pra sempre. Então eu aproveito o máximo do intervalo entre eles.
Eu aproveito todos os caminhos."

Jorge é, supostamente, um personagem fictício. Eu pelo menos não o conheço. Se você conhecer, favor apresentar que eu tenho várias coisas a dizer pra ele. "Valeu mesmo!", seria a primeira delas.



Vai ver qual é o caminho que o Hélio escolheu pra falar de caminhos!