sexta-feira, 23 de abril de 2010

Conto de uma natureza confusa.

Acordei diferente hoje. Ou ontem, ou semana passada. Talvez eu acorde diferente todos os dias.
Ou não.
Talvez esteja muito cansada de acordar sempre igual.
E acordar diferente podia ter sido radiante, mas foi aterrorizante.
Eu olhei para o céu e esperei que ele me julgasse. Esperei que ele adorasse a idéia e me quisesse antes da minha hora.
Mas o céu é puro. Em toda sua imensidão, em suas pálidas nuvens, quis dizer que me compreendeu.
Então eu observei outras naturezas. Olhei a árvore, cherei as flores, toquei a terra.
Me aproximei dos insetos e tive medo de novo. Mas conversei com uma pedra e ela me disse que estava tudo bem. Me ensinou ainda a olhar de uma nova maneira.
Olhei para cima de novo. E vi uma estrela.
Tão linda, tão reluzente! e ao mesmo tempo tão distante.
Um certo dia suspirei.
E meu próprio sussurro me acordou, pisquei assustada.
Estivera me iludindo com tal beleza.
Meu céu ficou ali, esperando que eu abrisse os olhos, triste com minha busca pela estrela imaginária.
A noite, ele me mostrou que não preciso ficar buscando loucamente fugas para a realidade.
Oh, aquela estrela era realmente bela e eu ainda a vejo, às vezes, ao piscar os olhos.

Mas, sob qualquer dúvida é só olhar de volta para o meu céu durante a noite.

Ele me deu (e ainda dá) constelações!

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