Não devia ser assim.
Era pra ser fácil, natural,
Essencial.
Mas é tudo demais. É pensar demais, planejar demais, estratégias que eu não consigo mais comprar.
É gente demais na minha cabeça, sobra pouco espaço para o Sol, enquanto eu pego o ônibus azul.
É uma necessidade constante e cruel de saber as delimitações do meu corpo, dos meus gestos, das argumentações. De se saber onde se está e porque se está. De alguma maneira estar mesmo quando já se foi embora.
Cansa a mente. Cansa a alma.
Meus olhos estão pesados, meus ombros sobrecarregados. Meu coração pulsa com a preguiça de quem chegou em casa depois de uma maratona, ele anda batendo rápido demais por motivos tão lentos...
Não era pra tirar o fôlego, não era pra sobrecarregar o meu bulbo com a obrigação de respirar sozinho. São tantos porquês, e porquês não, e eu não entendo porque.
Eu exagero. Eu exijo da minha própria existência limites que não sei se seria capaz de suportar
É só existir. Era pra ser simples. Assim, entre uma respiração e outra.
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