sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Saudade da praia....

Era cedo, calor.
Foi pra praia.
Jogou bola, tomou Sol, encheu o rabo de areia, nadou.
Ficou todo ardendo.


Foi pra casa, tomou um banho.
Pôs uma roupa confortável e voltou pra praia.
Sentou, ouviu o barulho do mar.
Encheu a mão de areia e depois esvaziou.
Respirou fundo, foi embora.

Dia seguinte, o céu nublado.
Foi pra praia de novo e mesmo assim.
Caminhou, tirou a areia dos olhos.
Ficou até o dia virar noite.
E fez questão de assistir o processo ali mesmo.


Ficou ali horas e horas,
sentindo o vento, cheirando o sal do mar.
olhando as palmeiras, as pessoas, esse planeta em particular que é a praia.
Fingindo que estava pensando na vida.
Porque na verdade não conseguia pensar em nada,
só esvaziava o pensamento.
Mas mantinha aquela expressão de quem tem muito o que pensar da vida.


Todo aquele tempo que ficou ali,
enterrando e desenterrando os pés,
só uma coisa lhe passou pela cabeça:
Será que se morasse na praia, perto da praia...
Amaria a praia como se ama alguém?
Assim como a saudade tão verdadeira que dela sente quando está longe?

Um comentário:

  1. como diria beauvoir 'o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles.', se lá estivesse todos os dias, perderia a beleza do diferente ganhando um triste ar de banalidade.

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