sexta-feira, 4 de junho de 2010

Tic-Tac segundo(s)

O tempo é pouco, o tempo é louco
O tempo é único
O um que não é nenhum, que
não é ninguém.

O tempo queria tanto ser alguém
Por isso que ele nos castiga:
Porque nós somos.
Ou fomos, ou seremos.

O tempo nos ilude, nos engana;
Nos mata na cama
Enquanto o matamos
Nesse velho ato de sonhar

Ele nos contradiz, não pode nos ver feliz
que se embala no seu passe
e até repasse
Se o ser for aprendiz.

Mas se a situação não é igual
e eu nem quero contar;
Se a gente tá mal,
Ele fica fingindo que esqueceu de passar.

O tempo não é relativo
É imperativo, impetuoso.
O tempo é nervoso.
É imedível e imprevisível
é a priori.

O tempo até parece um cara que sabe o que quer
Mas que esqueceu de cntar até para si
o que é que é.

O tempo é maluco,
o tempo é insano.
Insiste em contar em segundos
Aquilo que vivemos em anos.

Quando criança eu queria brincar com o tempo,
e ele até que brincava comigo.
Mas hoje eu vejo que até nessa época ele era meu inimigo;

Se não o fosse, porque passaria
assim, rápido demais?
Mas calma tempo, vamos ficar em paz.
Eu sei que você é especial.
Apesar de me fazer viver essa loucura temporal...

Aprendi, tempo, que você tem seu próprio tempo;
e se insistir não adianta;
o melhor é esperar.
Pra conseguir sobreviver nessa luta
E nesse
eterno
perene
finito
E insondável
Não-estar
Bem-estar
Mal-estar
Bem-ficar.

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